domingo, 16 de outubro de 2011

Clarisse pôs o seu vestido negro
E o seu sapato de veludo
Saiu à rua para mostrar seu luto
Desfilando feito fosse fevereiro

Clarisse pôs suas lentes de cristal
E decorou sonetos de Pessoa
Saiu à rua para andar á toa
Desfilando feito fosse carnaval

Clarisse pôs em mim seus asseios
Sua vontade de morrer,e alegria
Saí à rua, para onde mais iria?
Dormi, maravilhosamente nos seus seios

Clarisse pôs fogo em minha casa
Clarisse disse que não era ela!
Saí à rua, coração em brasa!
Clarisse ria, vinha a primavera!

Clarisse Pôs fogo em sua dor
No alto de uma pedra, no litoral
Satisfeita, deitou-se, como fosse normal
E Adormeceu no frio Arpoador

sábado, 8 de outubro de 2011

Humanismo.

"Sou humanista, sou a favor dos sentimentos humanos mais profundos. A inveja e a vingança, a soberba e a preguiça, a vontade de ter, fazer, ser sem pensar...Humano foi Napoleão, humano foi Ian Curtis. A eterna sede de Drummond, o eterno amor/desamor de Vinicius. Humano é ser eterno, infinito naquilo que nos torna animais aos olhos dos santos e imortais"



"...A grande intensidade que nossos hormônios animais lutam para se manifestar, e a luta homérica para reprimi-los a qualquer custo é o que nos define. Humanos"

Abaixaria

Nosso amor que era tão sincero!
Não respeitou as regras da etiqueta
Eram só dois corpos, em gozo eterno
Era para ti só pica, e tu, para mim boceta.


Leir.

Quem?

Poeta, cronista e contista.
Estilo: Obsceno e sublime, pessimista-realista-naturalista-nudista-passista-humanista, Poeta do Não-Lugra. Franco-atirador, cuspindo Lisergias nos ouvidos alheios.



Leir Kelevra Vieira nasceu em Évora (Portugual) e com 3 anos veio morar no Brasil.
Começou o Curso de história e largou
Começou a Curso de Letras, largou
Começou o curso de Filosofia...Largou
Largou mais 3 cursos em universidádes públicas, quando começou a se dedicar a viver, como ele mesmo dizia.

Escreveu vários pequenos contos, crônicas e citações.

Morreu à 5 anos, overdose, tuberculose, sífilis, ninguém sabe ao certo.
Só se sabe que, quando entraram no apartamento dele no centro, estava morto à 2 dias.
Apagou-se a luz. Era nosso filósofo, profeta, bardo e bobo da corte.
Era amigo.

E aqui, nesse pedaço de rede, postarei o que for recolhendo e me lembrando.