domingo, 16 de outubro de 2011

Clarisse pôs o seu vestido negro
E o seu sapato de veludo
Saiu à rua para mostrar seu luto
Desfilando feito fosse fevereiro

Clarisse pôs suas lentes de cristal
E decorou sonetos de Pessoa
Saiu à rua para andar á toa
Desfilando feito fosse carnaval

Clarisse pôs em mim seus asseios
Sua vontade de morrer,e alegria
Saí à rua, para onde mais iria?
Dormi, maravilhosamente nos seus seios

Clarisse pôs fogo em minha casa
Clarisse disse que não era ela!
Saí à rua, coração em brasa!
Clarisse ria, vinha a primavera!

Clarisse Pôs fogo em sua dor
No alto de uma pedra, no litoral
Satisfeita, deitou-se, como fosse normal
E Adormeceu no frio Arpoador

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